domingo, 31 de maio de 2015

RAÍZES DO BRASIL







Sérgio Buarque de Holanda publicou "Raízes do Brasil" em 1936. Apontamentos:

 Questão central do livro:
Entender o processo de transição sociopolítica vivido pela sociedade brasileira nos anos de 1930 e, depois, na década de 1940. No livro, quer-se identificar qual passado estava para ser superado e qual futuro embrionário aquele passado histórico continha. O autor examina formas de vida social, instituições e mentalidades, nascidas no passado, mas que ainda fazem parte da identidade nacional.

Sociedade brasileira: ambígua, porque fruto da colonização europeia, mas que não se amolda bem a sua herança:

”A tentativa de implantação da cultura europeia em extenso território, dotado de condições naturais, se não adversas, largamente estranhas à sua tradição milenar, é, nas origens da sociedade brasileira, o fato dominante e mais rico em consequências. Trazendo de países distantes nossas formas de convívio, nossas instituições, nossas ideias, e timbrando em manter tudo isso em ambiente muitas vezes desfavorável e hostil, somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra.”

 Identidade nacional: seu pilar é a concepção de natureza humana partilhada por portugueses e espanhóis antes e ao longo do processo de colonização. Predominava entre eles a cultura da personalidade, a valorização extremada da pessoa, de sua autonomia em relação a seus semelhantes. O personalismo ibérico recusava as honras àqueles que vivessem de trabalho manual. Este aviltaria a própria dignidade da pessoa:

“É compreensível que jamais tenha se naturalizado entre gente hispânica a moderna religião do trabalho e o apreço à atividade utilitária. Uma digna ociosidade sempre pareceu mais excelente... A um bom português, ou a um espanhol, do que a luta insana pelo pão de cada dia.”

Personalismo ibérico: distingue-se do pensamento inerente ao feudalismo, por valorizar o mérito pessoal. Distingue-se também do individualismo moderno. Enquanto este pressupõe uma igualdade fundamental entre os homens, aquele acentua a desigualdade entre eles como resultado inevitável da competição entre eles. Nesse sentido, compartilhamos uma identidade comum com Portugal.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Brasil e sua miscigenação


Já comentamos aqui o significado de cultura, onde envolve desde crenças, costumes, intelecto, manifestações artísticas entre diversos outros, dado essa mini explicação podemos entrar em uma breve história de como se deu o início da cultura brasileira.
A muitos séculos atrás quando o Brasil foi descoberto pelos portugueses começou a implodir os choques entre as culturas que fez com que o Brasil ganhasse recursos culturas antes e pós colonização portuguesa, além de ter referencias indígenas, africanas, europeias entre outros. Porém muitos estudiosos atestam que só depois desse choque cultural que o Brasil veio a ter sua própria cultura, tornando-se assim um país miscigenado. 

sábado, 16 de maio de 2015

O papel da cultura na educação do sujeito transformador




O vídeo problematiza a relação entre a cultura na educação e propõem um diálogo sobre o assunto além de levantar questões importantes que constroem a relação entre a educação desses sujeitos transformadores e as suas culturas, além de propor que essas duas convivem em permanente diálogo. Neste sentido, artistas, gestores públicos e pesquisadores revelam a importância da cultura para a formação de sujeitos transformadores e repletos de saberes.

domingo, 10 de maio de 2015

OS ANTAGONISMOS DA FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO




Criando uma auto imagem do brasileiro que passava de negativa a positiva com a valorização do mestiço no Brasil. Antes tomado como inferno da deprevação sexual e da degeneração étnica, o Brasil se converteu pelas mãos de Gilberto Freyre em paraíso tropical e mestiço, em que se daria a confraternização de raças e culturas oriundas da Europa, África e América.
Gilberto Freyre apresentou em Casa Grande Senzala, defendendo: “uma concepção de raça e cultura no Brasil. Passou a negar a degeneração étnica provocada pelo cruzamento racial, combatendo a ideia de que a pobreza resultava da inferioridade biológica dos desfavorecidos. Mostrou, também, que a origem do atraso no país estava ligada ás causas sociais de alimentação e higiene”. Assim, o conteúdo de Gilberto contrariava intérpretes consagrados no Brasil que responsabilizavam o clima tropical e a população mestiça pelos problemas sociais no país. A ideia tão difundida de que teria caracterizado o Brasil como uma democracia racial precisa ser mais bem qualificada.
Ao descrever as qualidades dos portugueses em sua terra de origem, Freyre insistia em que eles já possuíam uma cultura baseada em equilíbrios entre contrários, com plasticidade suficiente para aceitar práticas de miscigenação racial e cultural. As analises históricas vem acompanhadas de referencias as fontes e seus interpretes. Chama mesmo a atenção o enorme conhecimento que Gilberto Freyre tinha da formação histórico-cultural lusitana. Foi na interpretação, na valorização de certos traços culturais e sociais, que introduziu algum viés. Embora tenha sempre se oposto ao racismo prevalente em muitos círculos.
O mesmo estilo de abordagem se desdobra para caracterizar a junção de outras raças e culturas formadoras do Brasil. Na analise da contribuição dos índios, Gilberto, uma vez mais exibe notável conhecimento das fontes históricas e da antropologia na época, também viu o processo de contato entre portugueses e indígenas como um antagonismo entre culturas atrasadas e mais desenvolvidas. Com a presença do colonizador, destrói-se o equilíbrio nas relações entre os indígenas e o meio físico, principia a degradação da raça atrasada ao contato da adiantada.
Os indígenas foram vitimas de duas influencias desagregadoras, deletérias mesmo nas palavras de Gilberto Freyre “a dos portugueses e a dos jesuítas que se anteciparam nas tentativas de europeização ao imperialismo burguês europeu. O imperialismo português – o religioso dos padres, o econômico dos colonos – se desde o primeiro contato com a cultura indígena feriu-a de morte, não foi para abatê-la de repente, com a mesma fúria dos ingleses na América do Norte: Deu-lhe tempo para perpetuar-se em várias sobrevivências uteis”.
O estilo de interconexão racial e cultural permitiu manter a cultura autóctone mais viva na brasileira. Gilberto Freyre acentuou sempre os aspectos perversos da desagregação cultural provocada pela colonização. Sua critica mais persistente e dura foi antes contra o jesuíta do que contra o colono. Não poupou palavras referindo-se á crueldade dos jesuítas.

(Casa-Grande & Senzala -  Gilberto Freyre, 1933)

segunda-feira, 4 de maio de 2015

TODO DIA ERA DIA DE ÍNDIO (BABY CONSUELO)



Curumim,chama Cunhatã
Que eu vou contar

Curumim,chama Cunhatã
Que eu vou contar

Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio

Curumim,Cunhatã
Cunhatã,Curumim

Antes que o homem aqui chegasse
Às Terras Brasileiras
Eram habitadas e amadas
Por mais de 3 milhões de índios
Proprietários felizes
Da Terra Brasilis

Pois todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio

Mas agora eles só tem
O dia 19 de Abril

Mas agora eles só tem
O dia 19 de Abril

Amantes da natureza
Eles são incapazes
Com certeza
De maltratar uma fêmea
Ou de poluir o rio e o mar

Preservando o equilíbrio ecológico
Da terra,fauna e flora

Pois em sua glória,o índio
É o exemplo puro e perfeito
Próximo da harmonia
Da fraternidade e da alegria

Da alegria de viver!
Da alegria de viver!

E no entanto,hoje
O seu canto triste
É o lamento de uma raça que já foi muito feliz
Pois antigamente

Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio

Curumim,Cunhatã
Cunhatã,Curumim

Terêrê,oh yeah!
Terêreê,oh!

*Critica sobre o tempo atual em relação ao Índio.