A variabilidade humana é um fato empírico incontestável que, como tal merece uma explicação cientifica. O conceito de raça e a classificação da diversidade humana em raças servem de ferramentas para operacionalizar o pensamento. Infelizmente, desembocaram numa operação de hierarquização que pavimentou o caminho do racionalismo.
A classificação é um dado da unidade do espírito humano. Todos nós já brincamos um dia, classificando nossos objetos em classes ou categorias, de acordo com alguns critérios de semelhança e diferença. Imagine-se o que aconteceria em uma biblioteca sem classificação por autor e ou por assunto, seria muito complicado a busca de um documento. Com a preocupação de facilitar a busca e a compreensão, parece que o ser humano desde que começou a observar desenvolveu a aptidão cognitiva de classificação. Entre os animais, não há como confundir uma cobra com uma tartaruga, são todos animais, mas, porém diferentes. Sem a classificação não é possível falar de milhões de espécies de animais do universo conhecido.
O mesmo acontece com os seres humanos, somos uma espécie humana porque formamos um conjunto de seres, homens e mulheres capazes de gerar outros machos e outras fêmeas. Nessa enorme diversidade que somos, da mesma maneira que distinguimos a cobra da tartaruga, não podemos confundir o chinês com o pigmeu da áfrica.